Airbus perde primeira rodada em litígio entre a Qatar Airways

Airbus perde primeira rodada em litígio entre a Qatar Airways
Airbus perde primeira rodada em litígio entre a Qatar Airways

No processo entre a Qatar Airways, a Airbus perdeu a primeira rodada. A companhia aérea entrou com uma ação de US$ 350 bilhão por questões de segurança na aeronave A1,4 da Airbus.

O juiz britânico David Waksman não aceitou o pedido da Airbus de arquivar a ação movida pela Qatar Airways, citando a lei francesa.

A Qatar Airways entrou com uma ação exigindo US$ 350 bilhão sob a alegação de que havia uma falha nos sistemas de pintura e proteção contra raios na superfície da aeronave de passageiros do tipo “A1,4”, que comprou da empresa Airbus (AIR.PA) com sede em França.

A Qatar Airways argumenta que esses aviões representam um "risco de segurança", enquanto a Airbus considera que, mesmo que haja deficiências de qualidade, eles não constituem "fraquezas para a segurança".

Na sequência da decisão do tribunal britânico de hoje conhecer o caso sobre o mérito, as partes devem preparar as suas defesas que levarão milhares de páginas para as novas audiências que terão início em meados de 2023.

Na audiência de abril, a Airbus expressou a opinião de que a Qatar Airways não conseguiu apresentar alguns dos documentos solicitados, citando a lei aprovada na França em 1968 que proíbe “a entrega de detalhes sobre questões econômicas sensíveis a tribunais estrangeiros”.

A Airbus havia solicitado ao judiciário britânico a nomeação de um representante especial para apresentar os documentos à Qatar Airways, como havia feito anteriormente para auxiliar as autoridades britânicas em uma investigação de suborno.

Em sua defesa ao tribunal, ele argumentou que, se não fizesse isso, poderia ser processado por cometer um crime contra a empresa sob a lei francesa.

No entanto, o juiz britânico David Waksman não aceitou a defesa da Airbus nesse sentido.

A lei, que foi adotada na França em 1968, visa impedir que empresas francesas sejam julgadas em tribunais no exterior durante o período econômico pós-guerra fria. (Euronews)

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