Foi relatado que a China concluiu um projeto portuário de 1,5 bilhão de dólares na cidade de Lekki, no estado de Lagos, no sudoeste da Nigéria, na África. O consórcio, liderado pela principal empreiteira China Port Engineering Company (CHEC), terá uma concessão de 45 anos no porto.
De acordo com as notícias do jornal South China Morning Post, a China Port Engineering Company (CHEC) tornou o porto de mar profundo de Lekki, cuja construção começou em 2020, pronto para operação.
O porto na costa da cidade de Lekki, 60 quilómetros a leste do centro do estado de Lagos, tem uma capacidade de contentores de 1,2 milhões de TEU por ano.
O porto, onde podem atracar grandes navios até uma profundidade de 16,5 metros, deverá tornar a Nigéria o centro de transporte marítimo da região como o maior porto de águas profundas da África Ocidental.
A Nigéria, o país mais populoso e a maior economia da África, com uma população de 211 milhões e um Produto Interno Bruto (PIB) superior a 500 bilhões de dólares, ganhou um lugar importante no setor de transporte nos últimos anos devido ao envelhecimento da infraestrutura e estrutura inadequada de seus portos existentes em Apapa e Ilha Tincan.
Construir, operar, transferir modelo
O porto foi construído no modelo "construir, operar, transferir" por um consórcio liderado pela empresa chinesa, principal empreiteira.
A empresa chinesa tem uma participação majoritária de 52,5% na joint venture estabelecida pela CHEC e pela Lekke Free Trade Zone (LFTZ).
O Grupo Tolaram de Cingapura, operador da Zona Franca de Lagos, da qual a LFTZ também faz parte, consiste em 22,5%, o governo do estado de Lagos 20%, a Autoridade Portuária de Lagos 5% e outras partes interessadas.
O projeto e a construção do porto foram realizados pela CHEC, enquanto o Banco de Desenvolvimento da China forneceu um empréstimo de US$ 629 milhões para a construção. O consórcio, que tem uma concessão de 45 anos no porto, terá todas as receitas operacionais.
O porto será operado pela Lekki Free Port Terminal Company, uma subsidiária da empresa francesa de transporte marítimo e de contêineres CMA, CGM.
O projeto, que deve faturar US$ 45 bilhões em 361 anos, deve fornecer à Nigéria US$ 200 bilhões em receita tributária e 170 novos empregos.
O governador de Lagos, Babajide Sanwo-Olu, afirmou na cerimónia realizada no início desta semana por ocasião da conclusão da construção do porto, que o porto fará da província o novo centro logístico marítimo não só para a África Ocidental, mas para todo o Centro e região da África Ocidental. A Sanwo-Olu também prometeu construir a infraestrutura rodoviária que desenvolverá o interior do porto.
Cui Ciançun, embaixador chinês em Abuja, também afirmou que o projeto é de grande importância para a promoção da Iniciativa do Cinturão e Rota na África. Cui salientou que o porto, que tem dois largos cais onde podem atracar grandes cargueiros, vai permitir o acesso aos mercados internacionais de mercadorias nigerianas.
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